- Cidade
- |
WhatsApp
Facebook

O Dia Internacional da Mulher é uma data de reflexão sobre os avanços e desafios na luta por direitos e igualdade de gênero. Em Muriaé, instituições como a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania e o Centro de Referência de Atendimento à Mulher – Casa da Mulher Maria da Penha – desempenham papéis fundamentais na proteção e no suporte às mulheres vítimas de violência.
Para Larissa de Souza Alves, referência técnica da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, a data é um misto de conquistas e desafios. “Tivemos avanços significativos ao longo dos anos, como o fortalecimento de políticas públicas, mas ainda há muito a ser feito. O combate à violência contra a mulher e a promoção da igualdade são lutas diárias”, destaca. A secretaria atua com ações voltadas para a conscientização e prevenção, além de oferecer suporte às vítimas.
Já Camila Trotta, advogada do Centro de Referência de Atendimento à Mulher, ressalta a importância do acolhimento e do suporte jurídico e psicológico oferecido pelo órgão. “Nosso trabalho é garantir que as mulheres em situação de violência tenham um espaço seguro para buscar ajuda e iniciar um novo ciclo de vida”, afirma.
Em Muriaé, o atendimento às mulheres vítimas de violência é uma realidade preocupante. Cerca de 60 mulheres são atendidas todos os meses.Muitas ainda enfrentam dificuldades para denunciar seus agressores, seja por medo, dependência financeira ou falta de informação.
Os tipos de violência mais frequentes atendidos pelo Centro de Referência incluem a violência física, psicólogica, moral, patrimonial e sexual. A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) é a principal ferramenta jurídica para combater essas agressões, estabelecendo medidas protetivas para as vítimas e penalidades mais severas para os agressores. Além disso, a Lei do Feminicídio (Lei 13.104/2015) tornou o assassinato de mulheres por razões de gênero um crime hediondo, aumentando as punições.
Para mulheres que se sentem ameaçadas, a orientação principal é buscar ajuda imediatamente. O contato pode ser feito pelo telefone 180 (Central de Atendimento à Mulher), pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher ou diretamente no Centro de Referência e 190 na Polícia Militar. Além disso, familiares e amigos podem auxiliar encorajando a denúncia e oferecendo apoio às vítimas.