Um emocionante resgate foi realizado na BR-116, próximo ao Posto F2. Um Lobo Guará, espécie ameaçada de extinção, encontrava-se em perigo no quilômetro 688 da rodovia, após ter sido atropelado.

O animal, que apresentava ferimentos em uma de suas patas traseiras, estava deitado no meio da pista, sob o risco iminente de ser atropelado novamente, o que poderia resultar em um grave acidente.

Uma equipe do corpo de Bombeiros foi acionada e resgatou o animal ferido, garantindo sua segurança e evitando mais danos. O resgate foi realizado de maneira cuidadosa, levando em consideração o estado delicado do animal.

Após o resgate bem-sucedido, o Lobo Guará foi encaminhamento para atendimento veterinário. Assim que ele for recuperado, o animal será reinserido na natureza.

Sobre o lobo-Guará
O Lobo-Guará, cujo nome científico é Chrysocyon brachyurus, é uma espécie de mamífero canídeo nativo da América do Sul, especialmente encontrado em regiões do Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e partes do Peru. Também é conhecido por vários outros nomes, incluindo “Aguará Guazú” no Paraguai e Argentina e “Lobo de Crin” na Bolívia.

O animal é reconhecido por sua pelagem vermelha, que lhe rendeu o apelido de “lobo de crina”. Eles têm pernas longas, orelhas grandes e uma crina negra na parte de trás do pescoço. Um adulto pode pesar entre 20 a 30 kg e medir cerca de 90 cm a 1,10 m de comprimento, com uma cauda adicional de 30 a 45 cm.

Eles são encontrados principalmente em ambientes de cerrado, campos abertos e savanas, mas também podem ser encontrados em algumas áreas de florestas. O Brasil é o país com a maior população de Lobo-Guará.

São animais geralmente solitários e noturnos, o que torna difícil sua observação em seu habitat natural. São onívoros, alimentando-se de uma variedade de presas, como roedores, aves, frutos, raízes e insetos, além de ser considerado uma espécie ameaçada de extinção. A destruição do seu habitat natural devido ao desmatamento, a caça ilegal e atropelamentos em estradas são algumas das principais ameaças enfrentadas por essa espécie.

A reprodução dos Lobos-Guarás ocorre geralmente no final da estação seca, e o período de gestação é de cerca de 60 a 65 dias. Normalmente, nascem de 2 a 5 filhotes, que são cuidados tanto pelo macho quanto pela fêmea.

Como predadores e onívoros, os Lobos-Guarás desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas onde habitam, controlando populações de roedores e dispersando sementes de plantas.

A conservação do Lobo-Guará é de extrema importância para a preservação da biodiversidade da América do Sul.

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