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A conversa foi descontraída e recheada de informações. Foi assim a conversa com o ex-técnico da Seleção Brasileira e muriaeense, Sebastião Lazaroni.
A entrevista foi feita por telefone e conduzida pelos comunicadores, Wagner Melo e Jota de Souza. Foram pouco mais de 30 minutos de conversa. Tempo suficiente para que Lazaroni relembrasse toda a sua vitoriosa trajetória como treinador de futebol, desde o início em 1975 quando assumiu a Portuguesa do Rio, em seguida, passando por equipes consagradas como Flamengo, Vasco, Botafogo e Grêmio, até chegar à Seleção Brasileira em 1989. No ano seguinte foi o técnico na copa do Mundo de 1990 e faz parte do seleto grupo de apenas 15 treinadores que treinaram a Seleção Brasileira. (Clique no vídeo acima e assista a entrevista na íntegra).
Experiência na Copa 1990
Durante a entrevista, Lazaroni contou detalhes sobre a Copa do Mundo de 1990 disputada na Itália. Desde a construção do elenco até o polêmico jogo contra a Argentina que eliminou o Brasil nas oitavas de final com o gol de Caniggia, após bela jogada de Maradona no auge de sua carreira.
O treinador contou que Branco recebeu sim uma água do massagista da Argentina com uma substância a qual o deixou desnorteado por alguns minutos, durante a partida. Algo revelado anos depois pelo próprio Maradona. “Sinto um orgulho muito grande de ter disputado uma Copa do Mundo. Essa seleção foi a base do tetracampeonato, quatro anos depois, nos Estados Unidos em que tinha Romário, Bebeto, Branco e Dunga”, contou Lazaroni.
Depois de treinar a Seleção Brasileira, o muriaeense foi técnico de seleções como a Jamaica e o Catar, país sede da Copa deste ano. “A família real do Catar ama futebol, graças ao trabalho que os brasileiros realizaram no país anos antes e que depois credenciou o país para receber uma copa”, conta.
Copa do Catar
Segundo ele, o Brasil tem grandes chances de levantar, mais uma vez, a taça, mas é preciso tomar cuidado com seleções como Argentina, França, Espanha, Inglaterra e Alemanha. Mesmo diante das dificuldades que a Seleção Brasileira terá, ele aposta nos talentos da casa como Neymar e Vinicius Júnior.
Laços afetivos em Muriaé
Lazaroni saiu muito cedo de Muriaé quando se mudou pra o Rio de Janeiro, mas seu carinho pelo município continua. Mesmo de longe ele disse que ainda tem parentes da cidade, mas são poucos e faz questão de acompanhar as partidas do Tombense pela série B do Campeonato Brasileiro, no Estádio Soares de Azevedo e do Nacional pelo Módulo II do Campeonato Mineiro.
“Tenho um carinho enorme por Muriaé. Vou marcar na agenda de visitar a cidade e conhecer as instalações do Nacional”, afirmou Lazaroni.