Dr. Bruno Neves explica os problemas enfrentados na unidade de saúde.
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Na manhã desta quarta-feira (24), o neurologista Dr. Bruno Neves, do Hospital São Paulo, concedeu uma entrevista à Rádio Muriaé, abordando o preocupante cenário de superlotação do Pronto Socorro da cidade. Durante a conversa, foram discutidos diversos aspectos relacionados ao fluxo de atendimentos e os impactos dessa sobrecarga no sistema de saúde local.
Durante a entrevista, o médico destacou que a unidade opera 24 horas por dia, com plantões médicos nas especialidades de Clínico Geral, Clínica Cirúrgica, Pediatra e Obstetra, a fim de atender urgências e emergências.
Ao ser questionado sobre o motivo da superlotação, o Dr. Bruno Neves enfatizou que cerca de 60% dos atendimentos realizados no Pronto Socorro não se enquadram nessa categoria, sendo casos que poderiam ser atendidos nos postos de saúde, PSF’s, UBS’s e UPA. Essa busca desnecessária por atendimento de rotina acaba por sobrecarregar o Pronto Socorro e prejudicar o acesso aos serviços de urgência e emergência.
O médico alertou para os impactos diretos da superlotação no atendimento médico. Ele salientou que, na maioria das vezes, quando ocorrem situações de urgência e emergência, o Pronto Socorro já está lotado, o que dificulta o trabalho dos profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos.
Em relação ao tempo de espera para atendimento, o doutor explicou que os pacientes passam por uma classificação de Risco, seguindo o Protocolo de Manchester. Dessa forma, são priorizados de acordo com o grau de urgência e emergência, estabelecendo um tempo de espera determinado para cada caso.
Diante desse cenário, o neurologista ressaltou a importância da conscientização da população. Ele enfatizou que, antes de procurar o Pronto Socorro, é fundamental que as pessoas busquem atendimento nos Postos de Saúde de seus bairros ou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a fim de desafogar a demanda desnecessária na emergência.