A mostra resgata a rica história de Bom Jesus da Cachoeira e homenageia Amália Bernardes e Arnete Aparecida da Silva Lopes.

A Prefeitura de Muriaé, em parceria com a Fundação de Cultura e Artes de Muriaé e o Setor dos Centros Culturais, convida para a exposição “A História de Bom Jesus da Cachoeira”, com curadoria de Luiz Henrique Silva Lopes. Ela é dedicada à duas figuras notáveis: Amália Bernardes e Arnete Aparecida da Silva Lopes. O evento acontecerá na Galeria de Artes da FUNDARTE e estará aberta ao público dentre os dias 21 de agosto até o dia 15 de setembro.

Luiz Henrique, o curador, relembra que tudo começou com um trabalho escolar que realizou em 2013, por pedido de sua professora de português da Escola Estadual João Alves Bittencourt Sobrinho, Amália Bernardes. O trabalho, que explorava a história do distrito, recebeu nota máxima e, anos depois, deu origem ao projeto da exposição. “Essa exposição é fruto de um trabalho escolar que guardo até hoje. Ele foi pedido pela professora Amália Bernardes em 2013, e esse trabalho consistia em os alunos pesquisarem a história do Distrito de Bom Jesus da Cachoeira”, relembra Luiz Henrique.

Para ele, resgatar a história do lugar onde cresceu e vive até hoje é de extrema importância. Ele destaca que Bom Jesus da Cachoeira possui uma história rica e significativa, principalmente no contexto da exportação de cafés para diversos estados do Brasil, em parceria com Muriaé. “É de extrema importância resgatar a história deste local onde cresci e moro até hoje, pois Bom Jesus da Cachoeira tem uma história muito linda e rica”, comenta Luiz Henrique.

O curador enfatiza a colaboração dos moradores na construção dessa narrativa histórica. Ao longo dos anos, Luiz Henrique colecionou artefatos, fotos e vídeos gentilmente cedidos pelos moradores do distrito. Esses registros pessoais possuem um valor inestimável para a composição do panorama histórico da região. “Os artefatos consegui ao longo de todos esses anos com os moradores do distrito que gentilmente cederam para mim seus registros pessoais. Todas as fotos e os vídeos que me concederam têm um vínculo importantíssimo para a história ser contada”, ressalta.

A exposição, que já teve uma prévia na casa de Luiz Henrique em junho deste ano, foi cuidadosamente montada com recursos pessoais. “Quando montei pela primeira vez a exposição aqui em minha casa em junho deste ano, ornamentei tudo do meu bolso, desde as fitas para colar as fotos na parede até objetos para serem expostos”, compartilha.

Apesar dos desafios, como a falta de verba e o curto período de tempo, Luiz Henrique dedicou-se intensamente à exposição. Ele revela que a jornada incluiu a reforma do local onde a exposição ocorreu e até a revelação de fotos, garantindo que as originais fossem devolvidas aos moradores. “Os desafios foram realmente a questão da verba não havia conseguido devido o tempo curto entre a exibição da exposição, portanto acabei custeando ela toda por completo, revelando as fotos (fazendo uma cópia para mim e devolvendo a original para o morador), a reforma no local onde ocorreu a exposição…”, detalha.

A exposição também é uma homenagem às figuras inspiradoras por trás desse projeto. Amália Bernardes, a professora que incentivou o trabalho escolar sobre a história do distrito, é lembrada com carinho. Da mesma forma, Arnete Aparecida da Silva Lopes, mãe de Luiz Henrique, é homenageada por sua dedicação como escrivã no cartório do distrito e por seu papel na construção das memórias do lugar. “Arnete Aparecida da Silva Lopes, é minha mãe. Faleceu no ano passado. Ela exerceu durante 24 anos o ofício de escrivã no cartório aqui do distrito, registrando centenas de crianças realizando casamentos… uma moradora ilustre e muito querida por todos, sempre teve um carinho assim como eu pelo distrito, ela foi minha maior inspiração a dar continuidade com esse projeto sempre me ajudou fez o possível e o impossível para sempre estar resgatando todas essas memórias”, emociona-se Luiz Henrique.

A exposição continuará na Galeria de Artes da Fundarte até o dia 15 de setembro.

 

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