Em entrevista à Rádio Muriaé, a reumatologista, Victória Dornelas explicou sobre a conexão entre dor crônica, saúde emocional e qualidade de vida
- RMTV
- | 12/06/2023
A fibromialgia é uma doença crônica complexa e debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por dor generalizada no corpo, fadiga persistente e sensibilidade aumentada em múltiplas áreas, a doença é um desafio tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. Entretanto, estudos comprovam que ela pode ser tratada e o paciente pode desfrutar de uma qualidade de vida.
Em entrevista à Rádio Muriaé nesta segunda-feira, a reumatologista, Victória Dornelas falou sobre o assunto. Segundo ela, um dos principais aspectos da fibromialgia são os sintomas físicos intensos que os pacientes experimentam. A dor generalizada e crônica é uma das principais características da doença. Além disso, os indivíduos afetados podem apresentar fadiga extrema, distúrbios do sono, dificuldades cognitivas (como problemas de memória e concentração) e dores de cabeça recorrentes. “Nenhuma dor é normal e quando ela aparece é importante procurar um especialista”, disse a médica.
Ainda de acordo com a Dra. Victória, embora a causa exata da fibromialgia ainda seja desconhecida, pesquisas sugerem que ela está associada a uma combinação de fatores genéticos. Há evidências crescentes de que a condição também está ligada a aspectos emocionais e psicológicos.
Estudos indicam que a fibromialgia está relacionada a distúrbios do humor, como ansiedade e depressão. A dor crônica constante pode levar ao isolamento social, à redução da qualidade de vida e à deterioração do bem-estar emocional dos pacientes. Da mesma forma, altos níveis de estresse e traumas emocionais podem desencadear ou agravar os sintomas da fibromialgia.
O tratamento
O tratamento da fibromialgia é multidisciplinar e visa aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e restaurar a funcionalidade dos pacientes. As opções de tratamento geralmente envolvem uma combinação de abordagens, que podem incluir: medicamentos, fisioterapia, exercícios de baixo impacto e técnicas de relaxamento.
