- Cidade
- | 23/09/2022
Além de ser o mês destinado à prevenção do suicídio, setembro também é conhecido pela campanha de doação de órgãos, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre o tema e a importância de ser um doador.
Em Muriaé o índice de recusa é muito grande, sendo uma taxa de 78,94% para doação de córneas e 50% para Doação de Múltiplos Órgãos.
A doação de órgãos pode ocorrer de duas formas: com o doador vivo, que concordará com a doação de um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão; ou falecido, diagnosticado com morte encefálica irreversível.
A coordenadora da hemodiálise do Centro de Doenças Renais do Hospital São Paulo, Lucimary Alves, destacou que em Muriaé e região tem aproximadamente 40 pacientes aguardando na fila de doação de órgãos e que no último semestre de 2022 foram realizadas quatro doações de córneas e duas doações de múltiplos órgãos.
Segundo a coordenadora, a captação de órgãos e tecidos são realizadas no HSP por uma equipe do MG Transplante e que os órgãos ou tecidos são direcionados para Juiz de Fora ou Belo Horizonte. Já os transplantes de córneas, todos os procedimentos são realizados na cidade.
Lucymary ainda destaca que “doar órgãos é salvar vidas e que este ato dá a oportunidade a pessoas que precisam, uma oportunidade de viver”.
Para ser um doador é necessário avisar à família de alguma forma, como por exemplo: pelas redes sociais, mensagens ou por escrito e ter mais de 18 anos, para que após a morte, os familiares possam autorizar a retirada dos órgãos.
Além disso para doar em vida, é possível acessar o site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos (Adote), fazer o cadastro e receber o cartão de doador.
Ainda de acordo com a coordenadora, é muito importante ressaltar que após a doação de órgãos o corpo não se deforma, permanecendo com a mesma aparência que o doador tinha antes do transplante, obrigatoriedade essa que é garantida por lei e que os hospitais que realizam têm que cumprir.