Parte da Rua 7 de Setembro ainda tomada pela terra

Menos de um mês após os deslizamentos de terra ocorridos no bairro Gaspar, muitos moradores que tiveram seus imóveis interditados, voltaram para suas casas, mesmo sem a autorização da Defesa Civil.

Em entrevista à Rádio Muriaé, o pastor da 3ª Igreja Batista localizada no bairro e um dos representantes dos moradores, Silvio Farias, disse que os moradores que tiveram que abandonar suas residências não têm condições de morar de aluguel.

Ele disse também que até o momento nenhum laudo técnico em que comprove o perigo de mais deslizamentos, foi apresentado aos moradores.

Cerca de 120 famílias que residem nas ruas 1º de Maio e 7 de Setembro tiveram que deixar suas casas. O que corresponde a mais de 500 pessoas.

Uma reunião com os moradores aconteceu esta semana, na 3ª Igreja Batista. Outra entre moradores e representantes da prefeitura aconteceu na tarde desta qurta-feira.

O que dizem as autoridades

Procurada, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social informou que é fundamental que as famílias entendam os riscos de voltarem para as suas casas. “A gente entende as dificuldades que é sair de um imóvel, mas o primordial nesse momento são as vidas”, ressalta a Secretária da pasta, Vanessa Azeredo.

Segundo a secretária, desde que os deslizamentos começaram a ocorrer, todas as famílias foram informadas dos riscos através da Defesa Civil e engenheiros. As famílias que não tinham para onde ir foram direcionadas ao abrigo no CEFAS. Muitos que moravam de aluguel, se mudaram para outros bairros.

A secretária ressaltou que o papel da assistência social é garantir os direitos aos moradores. Segundo ela, aqueles que tinham necessidades, receberam cestas básicas e foram ofertados aluguéis sociais no valor de R$ 310. Esse valor é o que consta na Lei Municipal.

As famílias que necessitarem de atendimento, deverão ir até o CRAS do bairro Aeroporto, local que responde também pelo bairro Gasspar. Todas as demandas que estão chegando são direcionadas para as secretarias responsáveis.

Sobre os laudos, a Secretaria de Obras afirmou que os resultados dos estudos realizados nas últimas semanas no local por especialistas, estão com o prefeito Marcos Guarino. Ele está em Brasília e levou os documentos para apresentar a Defesa Civil Federal com o intuito de  viabilizar recursos.

A Defesa Civil esclarece que ainda não há previsão de liberação dos imóveis, mas que uma nova análise será realizada nos próximos dias.

A Polícia Militar, através da assessoria de comunicação do 47º batalhão informou que o patrulhamento segue sendo realizado periodicamente no local, desde que os moradores começaram a abandonar os imóveis. O órgão informou também que desde o deslizamento, nenhuma ocorrência policial nas ruas interditadas foi registrada.

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