- Cidade
- | 01/02/2023
Menos de um mês após os deslizamentos de terra ocorridos no bairro Gaspar, muitos moradores que tiveram seus imóveis interditados, voltaram para suas casas, mesmo sem a autorização da Defesa Civil.
Em entrevista à Rádio Muriaé, o pastor da 3ª Igreja Batista localizada no bairro e um dos representantes dos moradores, Silvio Farias, disse que os moradores que tiveram que abandonar suas residências não têm condições de morar de aluguel.
Ele disse também que até o momento nenhum laudo técnico em que comprove o perigo de mais deslizamentos, foi apresentado aos moradores.
Cerca de 120 famílias que residem nas ruas 1º de Maio e 7 de Setembro tiveram que deixar suas casas. O que corresponde a mais de 500 pessoas.
Uma reunião com os moradores aconteceu esta semana, na 3ª Igreja Batista. Outra entre moradores e representantes da prefeitura aconteceu na tarde desta qurta-feira.
O que dizem as autoridades
Procurada, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social informou que é fundamental que as famílias entendam os riscos de voltarem para as suas casas. “A gente entende as dificuldades que é sair de um imóvel, mas o primordial nesse momento são as vidas”, ressalta a Secretária da pasta, Vanessa Azeredo.
Segundo a secretária, desde que os deslizamentos começaram a ocorrer, todas as famílias foram informadas dos riscos através da Defesa Civil e engenheiros. As famílias que não tinham para onde ir foram direcionadas ao abrigo no CEFAS. Muitos que moravam de aluguel, se mudaram para outros bairros.
A secretária ressaltou que o papel da assistência social é garantir os direitos aos moradores. Segundo ela, aqueles que tinham necessidades, receberam cestas básicas e foram ofertados aluguéis sociais no valor de R$ 310. Esse valor é o que consta na Lei Municipal.
As famílias que necessitarem de atendimento, deverão ir até o CRAS do bairro Aeroporto, local que responde também pelo bairro Gasspar. Todas as demandas que estão chegando são direcionadas para as secretarias responsáveis.
Sobre os laudos, a Secretaria de Obras afirmou que os resultados dos estudos realizados nas últimas semanas no local por especialistas, estão com o prefeito Marcos Guarino. Ele está em Brasília e levou os documentos para apresentar a Defesa Civil Federal com o intuito de viabilizar recursos.
A Defesa Civil esclarece que ainda não há previsão de liberação dos imóveis, mas que uma nova análise será realizada nos próximos dias.
A Polícia Militar, através da assessoria de comunicação do 47º batalhão informou que o patrulhamento segue sendo realizado periodicamente no local, desde que os moradores começaram a abandonar os imóveis. O órgão informou também que desde o deslizamento, nenhuma ocorrência policial nas ruas interditadas foi registrada.