A unidade prisional da Zona da Mata firma parceria com empresa para produzir 4 mil aventais por dia, proporcionando trabalho e oportunidades de ressocialização aos custodiados.

Na Penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior, uma iniciativa inovadora está transformando a realidade dos custodiados. Em colaboração com a empresa HC Quality, a penitenciária inaugurou uma fábrica de aventais voltada para procedimentos hospitalares e industriais. Dez presos, após passarem por um curso de qualificação em costura oferecido pelo Senai, dedicam-se a produzir 400 itens por dia, totalizando uma meta ambiciosa de 4 mil aventais diários.

A parceria não se limita à produção; um galpão da HC Quality, localizado no município, servirá como destino inicial para as peças fabricadas. Além disso, está formalizada a possibilidade de, no futuro, a unidade prisional receber presos para trabalho extramuros. Após a produção, os aventais serão enviados para o estado de São Paulo, ampliando o alcance desse projeto inovador.

A fábrica foi instalada pelos próprios custodiados, que realizaram também a manutenção das máquinas fornecidas pela empresa parceira e pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG). Todos os envolvidos na produção terão direito à remição de pena, conforme estabelecido pela Lei de Execução Penal (LEP), além de 3/4 do salário mínimo, proporcionando incentivo adicional para o empenho dos trabalhadores.

Eduardo Nonato, diretor de Atendimento da unidade, destacou que o projeto não apenas impacta positivamente a rotina dos presos, mas também representa uma oportunidade significativa de ressocialização e geração de oportunidades dentro do sistema prisional. Ele ressaltou: “É uma grande conquista, por se tratar de uma frente de trabalho interno, envolvendo presos do regime fechado. Já estamos com projeto e iniciaremos a expansão, trazendo toda a parte de corte dos tecidos para dentro da unidade, gerando mais oportunidades de trabalho interno.”

Visando alcançar a ambiciosa meta de produção, os presos participarão de mais cursos de aprendizagem, incluindo uma oficina de enfesto e corte de tecido nos próximos dias, com o apoio do Senai. Eduardo Nonato visualiza a Penitenciária de Muriaé como um polo potencial para o negócio, não apenas pelo trabalho eficiente, mas também pela localização estratégica em relação aos eixos rodoviários, que permitirá suprir a demanda de aventais para procedimentos médicos além das fronteiras de Minas Gerais.

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