Cerca de 50 profissionais da enfermagem se reuniram na noite desta quarta-feira (21) para protestar o pagamento do piso salarial.

A concentração aconteceu na Praça Cel Pacheco de Medeiros no Centro. Os profissionais levaram cartazes exigindo ao Supremo Tribunal Federal que o piso seja pago aos profissionais. Em seguida, eles percorreram a Avenida Cel Domiciano com frases de repúdio.

O assunto segue em debate há mais de seis meses, porém, em agosto deste ano, o valor de R$ 4.700 foi aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado, entretanto, o STF bloqueou a pauta e pediu um prazo de 60 dias para que seja feito um estudo de impacto financeiro. Desse valor, os técnicos de enfermagem receberão 70% desse valor, auxiliares e parteiras terão direito a 50%.

O que dizem os hospitais

O departamento de jornalismo da Rádio Muriaé entrou em contato com a direção dos hospitais de Muriaé para saber o posicionamento e qual seria o impacto financeiro que a mudança causaria.

De acordo com o provedor do Hospital São Paulo, Sinval Ferreira, a instituição é a favor de tudo que está relacionado a valorização profissional, independente da categoria, entretanto, do ponto de vista financeiro, o impacto na folha salarial será muito alto.

Porém, a instituição, assim como a maioria das casas filantrópicas espalhadas pelo Brasil, espera que uma fonte de recursos vinda do Governo Federal aponte para cobrir o valor desse aumento.

Segundo levantamentos, em 2021 mais de 300 casas de caridades espalhadas pelo país tiveram que ser fechadas, devido a falta de recursos financeiros. A tensão é com o impacto financeiro esse número aumente em 2022.

Ainda segundo o provedor, 80% dos atendimentos realizados no HSP são feitos através do SUS, o que comprometerá ainda mais a saúde financeira da instituição.

Os hospitais Casa de Saúde, Prontocor e Fundação Cristiano Varella não se pronunciaram.

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