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Esta segunda-feira (10) marcou o primeiro dia de aula dos estudantes da rede estadual de ensino de Minas Gerais. Com o retorno dos alunos, as escolas estão se adaptando à lei federal 15.100/2025, sancionada pelo presidente Lula em 13 de janeiro deste ano, que proíbe o uso de celulares nas unidades de ensino, exceto para fins pedagógicos.
Antes da abertura dos portões da Escola Estadual Desembargador Canêdo (DECA), que atende cerca de 600 alunos, nossa equipe conversou com pais e alunos sobre a lei federal.
Daiana Ferrarez, do bairro Napoleão e mãe da Bianca, de 12 anos, concorda com a medida. “Foi a melhor coisa, porque minha filha já tem dificuldades nos estudos, agora ela vai prestar mais atenção nas aulas e na hora do recreio ela vai se alimentar melhor”, disse. Juliana de Paula Peixoto, do bairro Patrimônio e mãe do Marcos, de 12 anos, acredita que a lei veio em uma boa hora. “Acredito que sala de aula não seja lugar de telefone, a não ser que o aluno precise.”
Para a professora de português do 8º ano do ensino fundamental, Amália de Castro Gonçalves, a proibição do uso do celular foi uma medida extrema, mas necessária para o aluno. “A proibição é uma coisa extrema, mas, infelizmente, é a saída que encontramos no momento. No ponto que chegou, as crianças estavam completamente dispersas em sala de aula e até mesmo em atividades recreativas, elas não interagiam entre si.”
Após a abertura dos portões da escola, o diretor do DECA, Wagner Rocha, afirmou a todos os alunos que o celular pode ser levado para a unidade de ensino “desde que estejam desligados e dentro da mochila” e que “o celular só será usado quando o professor pedir para atividades curriculares”. Rocha completou: “Se acontecer o uso (do aparelho) sem autorização do professor, vamos orientar o aluno. Precisamos também da ajuda dos pais ou responsáveis nessa caminhada. Nós vamos desligar o celular e vamos ligar com a gente, com nossos colegas, amigos, nossa escola.”
O número total de alunos matriculados nas 38 escolas estaduais pertencentes à área de atuação da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Muriaé chega a 11.666. Estes estudantes se juntam a outros 10.300 alunos da rede municipal espalhados em 40 escolas e a centenas de alunos da rede particular de Muriaé que começaram o ano letivo de 2025.