Falta de medicamentos no município também é assunto abordado em entrevista
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Em entrevista à Rádio Muriaé nesta sexta-feira (2), a secretária de Direitos Humanos Tatiana Rangel informou que a Prefeitura de Muriaé vem trabalhando para dar visibilidade às minorias, sendo uma delas as pessoas com deficiência.
Segundo a secretária, algumas medidas que beneficiam esse grupo são: a aprovação do Plano Municipal de Direitos Humanos, os trâmites para implantação do Conselho de Direitos Humanos, e o trabalho de capacitação desenvolvido nas escolas municipais e no ambulatório municipal pelo Núcleo de Acessibilidade.
Além disso, Tatiana Rangel relatou que há dois projetos a serem enviados para votação na Câmara Municipal. São eles: o Selo Empresa Amiga dos Direitos Humanos, que tem como finalidade a capacitação de empresas através da Secretaria de Saúde; e o Selo Autista a Bordo, que tem como objetivo evitar desconfortos no trânsito para pessoas autistas.
Outro assunto abordado foi o carnaval de Muriaé. O CarnaMur 2024 contará com participação de três funcionárias transmitindo a música e a locução do evento em libras.
Durante a entrevista, a referência técnica da Junta Reguladora da Rede de Cuidado da Pessoa com Deficiência Cláudia Moreira, destacou duas iniciativas realizadas pela Prefeitura de Muriaé.
O Ambulatório Municipal de Atendimento Multidisciplinar possui uma equipe composta por médicos, psiquiatras pediátricos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e pedagogos.
Segundo Cláudia Moreira, o ambulatório já atendeu cerca de 200 crianças em menos de um ano, e ofereceu cerca de 400 avaliações – com intuito de fornecer à criança o acesso e apoio de um professor especializado.
A segunda iniciativa, idealizada pelas Secretarias de Direitos Humanos e da Saúde, trata-se do cordão de girassol, que garante acesso prioritário às pessoas com deficiências ocultas.
A secretária de saúde Luiza Agostini, aproveitou da oportunidade para informar que conforme uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o servidor estadual e municipal que é responsável por pessoa com deficiência tem direito à redução de jornada.
Falta de medicamentos no município
Sob outro viés da entrevista, Luiza Agostini esclareceu sobre a falta de alguns medicamentos e itens no município, como insulina NPH, canetas e frascos. Segundo ela, isso vem acontecendo em todo o Estado por conta de um atraso das entregas da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
O atraso (ou até mesmo suspensão) das entregas se dá em razão de problemas na distribuição dos próprios fornecedores, por motivos como: a falta de matéria-prima para produção de medicamentos, ajuste de preços, etc.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Muriaé, o pedido feito em dezembro ainda não foi entregue. O município entrou em contato com a SES-MG, ainda não obteve retorno. Uma nova licitação para contratação de fornecedores de medicamentos já foi preparada, a fim de normalizar a situação o quanto antes.
Segundo Agostini, até a situação normalizar, a população pode fazer a retirada de medicamentos por meio da Farmácia Popular – programa do Governo Federal.