Albino Rocha ao lado do cientista, Sérgio Gomes da FCV


 

Descobrir o diagnóstico de um câncer, trata-lo e receber a notícia da cura, é sem dúvida, um dos maiores desafios que um ser humano pode passar em toda a sua vida. Esse foi o relato do maratonista muriaeense, Albino Rocha, de 75 anos. Figura conhecida em Muriaé pela prática intensa de atividade física. Ele foi diagnosticado com câncer de próstata em janeiro desse ano.

Em entrevista à Rádio Muriaé, Albino contou detalhes de como passou por esse processo. Segundo ele, o diagnóstico veio depois que ele percebeu que estava tendo dificuldade ao urinar. Ao fazer o exame, foi constatado a doença.

A partir daí, começou o tratamento. Pelo fato do câncer ter sido descoberto no início, a cura veio apenas com algumas sessões de radioterapia, não havendo a necessidade de cirurgia.

Albino já correu maratonas em vários lugares do Brasil e do mundo, como no Deserto do Saara, no Oriente Médio e no Atacama, no Chile. Foi na psicologia da corrida que ele encontrou forças para passar por todo o processo. “Assim como na corrida a gente precisa ter uma mente forte para não desistir quando o corpo cansa, fiz a mesma coisa durante o tratamento”, disse Albino.

A entrevista contou também com o coordenador de pesquisas e desenvolvimento da Fundação Cristiano Varella, Sérgio Gomes. Segundo ele, um dos fatores que prejudica o tratamento é o sedentarismo. Pesquisas apontam que 40% dos homens são sedentários. Ainda segundo o cientista, a Fundação Cristiano Varella atende, em média, 1.600 a 1.900 homens por ano.

Especialistas apontam que um dos motivos do agravamento da doença é o preconceito que muitos homens ainda têm de procurar um médico para a realização do exame.

A recomendação é que todos os homens a partir de 45 anos realizem o exame de toque. Através desse exame é possível detectar se há câncer de próstata ainda no início.

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