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Fotos: Diogo Lessa | Rádio Muriaé

A exposição fotográfica “Trilhas do Café” estreia nesta quinta-feira (12) em Muriaé, um mergulho visual nas lavouras, paisagens e histórias do café cultivado no entorno da Serra do Brigadeiro. A mostra, que será inaugurada nesta quinta às 19h, na Galeria Mônica Botelho, no Grande Hotel Muriaé, promete uma experiência sensorial completa e uma viagem pela memória da região.

Durante o Boa Tarde Cidade desta terça-feira (10), estiveram nos estúdios da Rádio Muriaé, Ronaldo Santos, produtor da exposição; Josué Gomes, fotógrafo e proponente do projeto; e Shakal Carlos, curador das imagens. Eles compartilharam detalhes sobre o trabalho que resultou em 62 fotografias, selecionadas a partir de um acervo de cerca de 5 mil imagens.

Josué Gomes, nascido em Monte Alverne (Miradouro), revelou sua forte conexão com o tema. “Eu já trabalhei na lavoura de café e sempre foi uma coisa que me encantou muito”, contou. A oportunidade de realizar o projeto surgiu através de um edital da Lei Paulo Gustavo, que possibilitou o registro dessa vivência. Para ele, a exposição é a realização de um sonho de longa data, permitindo que as pessoas conheçam o árduo processo por trás da xícara de café que chega à mesa.

Shakal Carlos destacou o trabalho intenso de curadoria e a abrangência da exposição, que retrata a cadeia produtiva do café “desde o plantio até a xícara”. As fotografias são fruto de vivências em diversos locais da Serra do Brigadeiro, incluindo o quilombo Paraíso em Fervedouro, o distrito de Belisário e a região do Pontão. Shakal ressaltou a presença de imagens impactantes, algumas com até dois metros e meio, que mostram a imponência das montanhas e detalhes encantadores.

Ronaldo Santos enfatizou o complexo trabalho de bastidores que antecede a beleza da exposição. “A parte que a gente vê tudo bonito na exposição é a cereja do bolo”, disse. Ele detalhou a elaboração do projeto, o plano orçamentário e toda a burocracia necessária para tornar a mostra uma realidade. Ronaldo também pontuou a importância de retratar “a pessoa simples, aquela pessoa que faz com que o café chegue à nossa mesa”, valorizando o esforço por trás de cada grão.

A exposição vai além do aspecto documental, apresentando também um olhar artístico. Ronaldo explicou que Josué buscou construir cenas e cenários, evidenciando nuances da imagem que não seriam percebidas por um olhar comum.

A experiência na exposição será ainda mais enriquecedora com a presença de baristas como Bruna, e Pedro do Casarão do Café, que oferecerão degustações e apresentarão diferentes métodos de extração. Itens históricos, como moedores, torrefadores, tachos e peneiras, que somam mais de 30 peças, também estarão expostos, complementando a narrativa visual.

A cidade se construiu com base nessa cultura, e a exposição busca resgatar essa memória. O Grande Hotel, local da mostra, era no passado um ambiente de negociação do café, e a linha férrea da Leopoldina foi fundamental para o escoamento da produção.

A entrada para a exposição é gratuita. “Trilhas do Café” permanecerá em cartaz até 4 de julho.

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