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A Casa de Caridade São Vicente de Paulo, em Miraí, vive um momento de tensão após a intervenção determinada pela Prefeitura Municipal no último domingo (18), por volta das 18h. A decisão gerou divergências entre a administração municipal e a diretoria da instituição, que concedeu entrevista à Rádio Muriaé nesta sexta-feira.
Durante a conversa, o provedor Célio Alonso, o vice-provedor Guilherme Ciribele e a advogada da instituição, Gislene Alonso, relataram que, desde a intervenção, seguranças armados permanecem na unidade hospitalar 24 horas por dia, monitorando a entrada e saída de pessoas. Eles também informaram que o cofre que estava na sala da diretoria foi arrombado, resultando no desaparecimento de R$ 24 mil, valor que, segundo eles, seria utilizado nos próximos dias para o pagamento de despesas da instituição.
A diretoria afirmou ainda que uma empresa especializada realizou um levantamento contábil das contas do hospital entre os anos de 2020 e 2024. Segundo os documentos apresentados, nenhuma irregularidade foi identificada. Ainda assim, todos os membros da diretoria estão atualmente proibidos de acessar as dependências do hospital.
A Prefeitura de Miraí, por sua vez, justificou a intervenção alegando a existência de irregularidades na gestão da Casa de Caridade, o que é negado pela provedoria da instituição. O caso já foi encaminhado ao Ministério Público, que deverá apurar os fatos.
A situação segue em aberto, e a expectativa é que o posicionamento do Ministério Público traga mais clareza sobre os desdobramentos da intervenção e sobre a condução da assistência hospitalar no município.