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Nos últimos anos, com a popularização das bets e aplicativos de jogos de apostas, tem aumentado significativamente o número de pessoas que se tornam dependentes desse tipo de conteúdo. O que muitas vezes começa como uma simples diversão pode evoluir para um problema grave, afetando não apenas a vida financeira, mas também a saúde mental dos jogadores. Para entender melhor essa realidade, o psicólogo Daniel Monteiro explicou, em entrevista, os perigos do vício em apostas e os caminhos para superá-lo.
Segundo Daniel, o crescimento dos conteúdos relacionados às apostas é notório, especialmente em plataformas digitais, onde influenciadores e empresas incentivam esse tipo de entretenimento. O problema, no entanto, surge quando o jogador ultrapassa o limite da diversão e começa a apostar valores que não pode perder, entrando em um ciclo perigoso.
O que torna as apostas tão viciantes?
De acordo com o psicólogo, o mecanismo por trás das apostas é semelhante ao de outros vícios, como drogas e pornografia. “O sistema de recompensa do cérebro é ativado a cada pequena vitória, liberando dopamina, que causa uma sensação de prazer. O problema é que o jogador busca repetir essa sensação, muitas vezes ignorando os prejuízos”, explica o psicólogo.
Daniel também destacou que, antigamente, o vício em apostas era mais comum entre pessoas mais velhas, que frequentavam cassinos ou bancas de jogos físicos. Hoje, com o fácil acesso a aplicativos e sites de apostas, jovens e até adolescentes estão cada vez mais envolvidos nesse universo, muitas vezes sem perceber os riscos.
Consequências psicológicas e financeiras
Além do impacto financeiro, que pode levar à perda de bens e endividamento, o vício em apostas afeta diretamente a saúde mental. “Ansiedade, depressão e estresse são algumas das consequências emocionais. O jogador entra em um ciclo de culpa e frustração, o que pode agravar ainda mais a compulsão pelo jogo”, alerta Monteiro.
Como superar o vício?
Para aqueles que desejam se livrar desse problema, o psicólogo recomenda estabelecer limites rígidos, buscar apoio psicológico e evitar gatilhos, como seguir influenciadores que incentivam apostas. “É importante entender que o jogo não é uma solução financeira, e sim um entretenimento com alto risco de prejuízo”, reforça.
Monteiro também deixa um alerta para aqueles que acreditam que estão apenas se divertindo: “Se você sente que precisa recuperar o dinheiro perdido, ou que o jogo está ocupando um espaço maior do que deveria na sua vida, é hora de buscar ajuda.”