Rafaela foi encontrada morta dentro de sua casa após sofrer assédio moral e sexual dentro da delegacia onde trabalhava
- RMTV
- | 15/06/2023
Policiais Civis que atuam em Muriaé realizaram um ato de protesto na tarde desta quinta-feira (15) na Praça João Pinheiro pela morte da escrivã Rafaela Drumond de 31 anos.
Ela foi encontrada morta dentro de seu quarto na última sexta-feira. A perícia confirmou o suicídio. Rafaela sofria assédio moral e sexual por parte de policiais que trabalhavam com ela na delegacia localizada em Carandaí no Campo das Vertentes. A escrivã chegou a denunciar no Sindicato dos Escrivães e na corregedoria da Polícia Civil. O crime é investigado.
Em Muriaé o ato contou com o apoio da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Prefeitura de Muriaé. Após um minuto de silêncio, os policiais param carros e entregaram panfletos com a foto da escrivã, depois percorreram a região central.
Raquel que é escrivã em Muriaé, fez o curso junto com Rafaela. Ela disse que ela era uma mulher, além de inteligente, simpática e muito carismática. “O objetivo é não deixar que a voz da Rafaela se cale. Ela era uma pessoa alegre e divertida. Tinha um futuro brilhante pela frente”, disse Raquel.
Além das denúncias, áudios em que a vítima detalha episódios de perseguição dentro da instituição, vazados nas redes sociais, motivaram abertura de inquérito para a apuração do caso.
O Sindep-MG confirmou que recebeu as denúncias. No entanto, mantém o conteúdo sob sigilo.
Em nota, a Polícia Civil informou que instaurou procedimento disciplinar e inquérito policial e destacou que disponibiliza suporte aos servidores no Centro de Psicologia do Hospital da Polícia Civil, por meio de sessões presenciais e teleconsulta.