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O prefeito de Miraí, Adaelson Magalhães, decretou estado de perigo público e urgência na rede hospitalar do município e anunciou a intervenção municipal na Casa de Caridade São Vicente de Paulo (Hospital de Miraí). A medida foi oficializada por meio do Decreto nº 67, de 16 de maio de 2025, que entrou em vigor no último domingo (18), às 18h. O chefe do Executivo municipal compareceu pessoalmente à unidade de saúde, acompanhado por seguranças, para comunicar a decisão.
A intervenção terá duração de 180 dias, com possibilidade de prorrogação, e visa garantir a continuidade da assistência à saúde prestada aos usuários do SUS e da saúde suplementar, segundo o decreto. A gestão do hospital ficará a cargo de uma comissão de intervenção, liderada pela enfermeira Sheila de Oliveira Ferreira, nomeada interventora. Também compõem a comissão Lisandra Braga Susana Vilas, Fabiana Barbosa Costa Marchitto, Maria de Fátima Alvim Vargas Gonçalves e Gabriel Milani Resende.
Entre os principais objetivos da intervenção estão:
- A mudança do perfil assistencial médico-hospitalar, com foco na humanização, gratuidade e universalidade do atendimento, conforme os princípios do SUS;
- A elaboração de um diagnóstico completo da situação operacional, financeira, econômica e de gestão da entidade;
- A regularização dos serviços com inconformidades e deficiências técnicas, assistenciais, operacionais e sanitárias;
- A criação de novos regramentos para a futura finalização da intervenção.
O então provedor da Casa de Caridade, Célio Márcio, foi destituído do cargo.
O prefeito Adaelson Magalhães também se pronunciou nas redes sociais por meio de um vídeo, onde explica os motivos e os detalhes da intervenção no hospital.
A ação da Prefeitura ocorre em meio a preocupações com a continuidade dos serviços hospitalares no município e busca, segundo o decreto, “evitar a paralisação da prestação de assistência à saúde” e “melhorar a qualidade dos serviços prestados à população”.
