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Durante a edição desta sexta-feira (4) do Plantão de Polícia da Rádio Muriaé, o apresentador Gilson Júnior recebeu a participação ao vivo do delegado Luiz Cláudio, do capitão Reinaldo e do inspetor Américo.
O delegado Luiz Cláudio destacou que a conivência com o crime começa quando alguém decide comprar um produto furtado. Segundo ele, há quem adquira um celular por um valor irrisório, equivalente ao de um papelote de droga, e não entende que está, na prática, financiando o tráfico e o furto. “Temos que combater, sobretudo, quem compra. Às vezes a pessoa adquire um celular por preço de papelote de droga e não entende que está alimentando esse sistema criminoso”, afirmou o delegado. Ele ainda reforçou que alguns ferro-velhos da cidade já estão sendo monitorados pelas forças de segurança por suspeita de receptação de fiação de cobre e outros materiais.
O delegado comentou o caso de um suspeito preso após furtar um estabelecimento. Além de levar o cadeado da vítima, ele ainda guardou em casa o alicate usado no crime. Questionado pelas imagens, o suspeito negou ser o autor e tentou dizer que quem aparecia na filmagem não era ele. “Ele teve a cara de pau de dizer que o da imagem não era ele… é o ‘Sódio’. Como se fosse outra pessoa!”, relatou Luiz Cláudio, gerando risos no estúdio. Para ele, esse tipo de resposta não cola mais diante das provas fornecidas pelas câmeras de segurança. “É prova objetiva. Irrefutável. Não tem desculpa quando a imagem mostra claramente quem foi”, concluiu.
O uso da tecnologia, especialmente de câmeras de segurança residenciais e comerciais, foi amplamente incentivado durante o programa. O delegado ressaltou que esse tipo de investimento faz toda a diferença na elucidação dos crimes. “A pessoa às vezes tem medo de compartilhar as imagens com a polícia, mas elas são o principal elemento que pode possibilitar a prisão em flagrante, a identificação dos autores e até a recuperação dos bens furtados”, explicou.
Outro tema abordado foi a atuação da Polícia Militar na Praça do São Cristóvão, que havia sido ocupada por usuários de drogas. Durante vários dias, a PM realizou ponto base no local e, segundo o capitão Reinaldo, a presença policial devolveu a tranquilidade aos moradores e frequentadores.
Ainda durante o programa, Gilson fez um apelo por mais patrulhamento na Avenida JK, especialmente na região próxima à Casa de Saúde, onde a iluminação está precária. Ele relatou que, por conta das obras e da escuridão, o trecho tem sido usado por usuários de drogas. O capitão Reinaldo confirmou que a PM tem atuado na área com rondas e pontos base para impedir que a região se transforme em uma cracolândia.