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Um dos suspeitos presos pelo tiroteio ocorrido durante o cortejo do Bloco do Penico, em Rio Pomba, estava em liberdade condicional. A informação foi confirmada pelo Ministério Público de Minas Gerais. Durante o ataque, ocorrido na noite de segunda-feira (3), uma mulher morreu e outras 14 pessoas ficaram feridas.
Jalie Fernando Araújo Faria, de 25 anos, cumpria pena por tráfico de drogas em um presídio da Comarca de Ubá. Segundo o MP, em 27 de dezembro de 2023, o órgão solicitou à Justiça a revogação da condicional de Jalie após receber informações de que ele havia descumprido as condições impostas pela liberdade concedida. “O MP adotou todas as medidas cabíveis para que o regime fechado fosse restabelecido”, informou o órgão em nota.
Além de apurar as responsabilidades criminais pelo ataque, o Ministério Público investiga possíveis falhas na segurança do evento, em parceria com as polícias Militar e Civil.
Prisão e apreensão de arma
Dois suspeitos foram presos pelo crime. Jalie foi detido com uma pistola austríaca Glock, calibre 9 milímetros, acompanhada de dois carregadores, sendo um deles estendido para comportar mais munição. O outro suspeito, João Pedro Braz da Cruz de Oliveira Castro, de 24 anos, também foi capturado.
A vítima fatal do ataque foi identificada como Luciane dos Santos Marques, de 25 anos. Informações preliminares apontam que ela estava no local com os suspeitos, que teriam iniciado uma troca de tiros devido a uma rivalidade.
Momentos de terror no bloco
O tiroteio aconteceu por volta da meia-noite na Praça Doutor Último de Carvalho, no Centro de Rio Pomba, enquanto o Bloco do Penico arrastava mais de 20 mil foliões pelas ruas. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram policiais militares e populares socorrendo os feridos em viaturas e carros particulares. Algumas vítimas estavam caídas no chão aguardando atendimento.
Testemunhas relataram que João Pedro sacou um revólver prateado e atirou contra Jalie, acertando a perna de uma mulher que estava próxima. Em resposta, Jalie teria disparado indiscriminadamente com sua pistola. “Nos parece que a função de disparo em rajada estava acionada. Assim que ele puxou o gatilho, os tiros se espalharam em várias direções, atingindo diversas pessoas. O suspeito também aparentava estar sob efeito de álcool ou drogas, o que pode ter contribuído”, afirmou o comandante da Polícia Militar na região.
Luciane foi atingida fatalmente ao tentar se proteger dos tiros. Segundo o tenente-coronel Erick, a jovem se abaixou e ergueu a mão em gesto defensivo, mas um dos disparos atravessou sua mão e atingiu seu peito, causando sua morte no local.
Jalie tem um histórico de crimes, incluindo tráfico de drogas, tentativa de homicídio – com disparos contra uma viatura da PM – e ameaças. Ele havia sido solto há um ano sob regime provisório, mesmo após a polícia indicar à Justiça seu envolvimento em novas infrações.
O caso segue sob investigação das autoridades.