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A balança mostra um número menor, mas a roupa não veste tão bem e a disposição para as tarefas do dia a dia continua baixa. Se essa situação é familiar, talvez você esteja focando na métrica errada. No quadro “Viver Bem”, da Rádio Muriaé, a nutricionista Giovana Titoneli explicou que existe uma diferença fundamental entre “perder peso” e “emagrecer”.
A diferença que muda o jogo: peso x gordura
O ponto central da explicação da Giovana é que nem toda perda de peso é saudável. “O que é perda de peso? Você perdeu peso por qualquer motivo, de qualquer forma. Você perde massa muscular, você perde gordura, você nem sabe o que está perdendo”, alertou.
O verdadeiro objetivo, segundo ela, deve ser o emagrecimento. “Emagrecer é quando você perde gordura. Você se planejou, você vai avaliar isto periodicamente e vai manter a sua massa magra. Esse é o melhor cenário”, detalhou.
Obesidade: uma doença complexa e multifatorial
Ao contrário do que muitos pensam, a obesidade não é “falta de capricho”. Giovana Titoneli fez questão de frisar que se trata de uma doença registrada no Código Internacional de Doenças (CID).
“Ela é multifatorial. Tem questões hormonais, emocionais, psicológicas e até culturais”, explicou. A cultura alimentar de um mineiro, por exemplo, é muito diferente da de um gaúcho ou de um asiático, o que influencia diretamente nos hábitos e na saúde da população.
A composição ideal: por que a massa magra é a estrela?
A busca pelo corpo saudável passa por equilibrar dois componentes principais: gordura e massa magra. “O excesso de gordura quer dizer inflamação e prejuízo de todos os sistemas”, destacou a nutricionista. Por outro lado, “massa magra é força, é vitalidade, é disposição”.
Os níveis ideais de gordura corporal, segundo os parâmetros de saúde, ficam em torno de 20% para homens e 25% para mulheres. Titoneli também desfez o mito do “corpo com 0% de gordura”, explicando que ela é matéria-prima essencial para a produção de hormônios e para a estrutura das nossas células.
Novos aliados no tratamento: o papel das medicações modernas
Para quem enfrenta dificuldades maiores, a ciência tem oferecido novos recursos. Giovanna falou sobre as modernas “canetas” de emagrecimento que atuam diretamente no metabolismo.
“Elas trazem um auxílio muito grande porque atuam na saciedade e diminuem muito o apetite”, disse. Ela tranquilizou os ouvintes sobre a segurança desses medicamentos: “Embora sejam uma novidade no Brasil, já estão sendo usados nos países de primeiro mundo há muitos anos. Muito pelo contrário, é uma medicação que veio para ser usada para perder peso e para manter o peso.”
“O meu trabalho é transformar vidas”
Para a nutricionista, o resultado mais gratificante vai além dos números na balança: é a recuperação da qualidade de vida e da autoestima do paciente.