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Um recente desabafo da cantora Lexa em suas redes sociais trouxe um alerta sobre um tema de extrema importância para a saúde materna: a pré-eclâmpsia. A artista, que está em sua primeira gestação, compartilhou com seus seguidores o susto que passou após ser diagnosticada com a condição, o que gerou preocupação e diversas dúvidas entre gestantes e familiares. Para esclarecer o assunto, a Doutora Laura Baesso participou do quadro Momento Saúde, destacando pontos cruciais sobre o tema.
De acordo com a doutora Laura, a pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, atingindo valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em mulheres que não apresentavam hipertensão previamente. “É uma condição que pode afetar tanto a mãe quanto o bebê, podendo evoluir para complicações graves se não for diagnosticada e tratada adequadamente”, explica.
A pré-eclâmpsia pode estar associada a fatores genéticos, malformações vasculares precoces na gestação, extremos de idade materna, histórico familiar, entre outros. A doutora destaca que sintomas como inchaço nas mãos, pés e rosto, dor de cabeça intensa, alterações visuais (como pontos brilhantes), dor abdominal persistente e ganho de peso rápido são sinais de alerta. “Caso esses sintomas apareçam, é fundamental procurar assistência médica imediatamente”.
Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, condição mais grave caracterizada por convulsões, além de levar a complicações como insuficiência renal, danos hepáticos, restrição do crescimento fetal, parto prematuro e, em casos extremos, óbito materno e fetal. “O caso da Lexa destacou a importância do diagnóstico precoce. O bebê dela está com cerca de 24 semanas, um período crítico para complicações devido à imaturidade pulmonar”, explica a especialista.
O pré-natal adequado é essencial para a identificação precoce da pré-eclâmpsia. Exames clínicos, histórico familiar, aferição regular da pressão arterial e ultrassonografias com doppler das artérias uterinas ajudam a detectar riscos. “Quando identificamos uma propensão maior, é possível adotar medidas preventivas, como o uso de medicamentos específicos e mudanças no estilo de vida”, afirma a doutora Laura.
Manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos moderados, controlar o ganho de peso e hidratar-se são atitudes que contribuem para a saúde da gestante. A doutora também alerta para o controle da pressão arterial durante toda a gestação e destaca que, embora a hipotensão (pressão baixa) seja comum, qualquer alteração deve ser acompanhada por um profissional de saúde.