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Ela é silenciosa e pode matar. A hipertensão é uma doença crônica e atinge 45% dos brasileiros, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O número é alarmante, e os dados preocupam mais conforme a idade avança: metade dos brasileiros com mais de 30 anos possui pressão alta. Destes, só um terço consegue controlar a doença.
Em entrevista à Rádio Muriaé, o cardiologista David Bani falou sobre os perigos dessa doença que afeta não só o coração, mas também os rins, o cérebro, os olhos (retinopatia) e pode também provocar demência vascular. Isso porque ela altera a irrigação sanguínea, levando a problemas de memória. “Muitos pacientes só vão descobrir que são hipertensos quando sofrem infarto ou AVC. Já tive pacientes assim”, conta o médico.
O médico reforçou a importância de ficar de olho na aferição da pressão arterial. “Medir a pressão é sempre importante, os aparelhos eletrônicos e de braço são os melhores. Quem tem hipertensão deve averiguar uma vez na semana, dependendo do paciente. O que não é recomendável é fazer todo dia, toda hora. Isso gera estresse, ansiedade, que por si só já aumenta a pressão”, explica.
A pressão arterial pode ser classificada como: ótima, normal, pré-hipertensão e hipertensão nos estágios 1, 2 e 3. A classificação é feita com a medida em adultos no consultório médico. Uma pressão considerada ótima e normal fica na casa dos 12 por 8. Indivíduos com pressão arterial na faixa dos 13 por 8 são considerados pré-hipertensos. A hipertensão começa a partir do estágio 1 quando os níveis aumentam para 14 por 9. Há também os estágios 2 e 3, os mais graves.
Para prevenir a hipertensão, David Bani recomenda primeiro de tudo consulta médica, ter atenção com a alimentação e praticar exercícios físicos, sempre com orientação de um profissional. “Evitar o excesso de sal, comida embutidas, ultraprocessadas. Isso tudo tem muito sódio, fora outras substâncias maléficas”, afirmou o cardiologista.
Pra quem já é hipertenso, as dicas acima também são válidas para justamente manter a pressão controlada. Na entrevista, David Bani chamou atenção para aqueles pacientes que fazem o uso de medicação e que depois de alguns sinais de melhora, param de tomar: “Os remédios controlam a pressão do paciente, é um erro parar de tomar. Acabou o efeito do remédio, a pressão vai subir”. E destacou: “Se a pressão estiver controlada, tomando remédio (regularmente), não é pra parar de tomar remédio. Se tiver algum efeito colateral com a medicação procure um médico.”