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Desde 2006, a Faminas mantém um projeto que une saúde, educação e compromisso social por meio da equoterapia. A atividade, realizada dentro do campus da instituição, é pioneira no município e oferece atendimento gratuito à comunidade duas vezes por semana, às segundas e quartas-feiras, das 8h às 12h.
Coordenada pelo curso de Fisioterapia, a iniciativa é voltada para pessoas com diferentes condições neurológicas, síndromes e transtorno do espectro autista (TEA). Além de beneficiar os praticantes, o projeto também integra a formação prática de estudantes de Fisioterapia e Medicina Veterinária.
A equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1997 como prática terapêutica eficaz. O cavalo é utilizado como agente de desenvolvimento físico, psicológico e social, promovendo avanços em equilíbrio, coordenação, autoestima, comunicação e vínculo afetivo. “É cientificamente comprovado que a equoterapia melhora o equilíbrio, a postura e promove avanços que vão além do físico, como afetividade e socialização. O poder transformador do cavalo é impressionante”, afirma o professor Fabrício, que atua no projeto desde seu início.
As sessões têm cerca de 30 minutos e são conduzidas por uma equipe técnica especializada. O atendimento contempla crianças a partir dos dois anos e adultos com paralisia cerebral, síndrome de Down, TEA, acidente vascular encefálico (AVE) e outras disfunções neurológicas.
Entre os praticantes, Vinícius Andrade Levate é um dos que vivencia os benefícios da equoterapia há mais tempo. Com paralisia cerebral, ele destaca a conexão emocional com os cavalos. “O cavalo sempre foi uma paixão herdada do meu avô. Quando estou montado, sinto uma paz que não consigo explicar. Aqui, essa paixão se transforma em cuidado, bem-estar e saúde.”
Para os estudantes da Faminas, o projeto representa uma importante oportunidade de aprendizado. “É gratificante ver a alegria dos praticantes durante as sessões. A equoterapia contribui para o desenvolvimento motor, o controle da ansiedade e o estímulo à interação. Essa experiência reforça nossa vocação para o cuidado com o outro”, diz Jaqueline dos Anjos Lima, aluna de Fisioterapia.
Os cavalos também recebem atenção especial dos estudantes de Medicina Veterinária, que monitoram sua saúde e bem-estar. “Nosso papel é garantir que os animais estejam saudáveis e aptos a exercer sua função terapêutica com segurança”, explica Jamilly Silva Rodrigues Corrêa, do terceiro período.
O impacto do projeto se reflete também nas famílias. Maria Helena Souto da Silva, mãe da praticante Bruna, relata os avanços da filha: “Ela sempre gostou de cavalos, mas foi aqui que vimos um desenvolvimento ainda maior, tanto físico quanto cognitivo.”
Como participar?
As inscrições para a equoterapia na Faminas estão abertas durante todo o ano. Os interessados passam por uma triagem na Clínica-Escola da instituição, que avalia a adequação do caso à prática. A inclusão depende da disponibilidade de vagas e da lista de espera, atualizada semestralmente.
Com quase duas décadas de história, o projeto reafirma o compromisso da Faminas com a inclusão, a saúde e a formação cidadã de seus alunos.